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Molécula de
água – suas propriedades
Na molécula
da água (figura 1), o oxigénio estabelece duas ligações covalentes com dois
átomos de hidrogénio e o equilíbrio de forças entre as diferentes orbitais de
eletrões, determina uma disposição geometricamente assimétrica das ligações
O-H, que formam entre si um ângulo de cerca de 104º.
Adaptado de: https://pt.wikibooks.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica/A_%C3%A1gua,_solvente_da_Vida, consultado
a 08/01/2016
Figura 1-Estrutura
da molécula de água
A água,
quando pura, é incolor, insípida e inodora, isto é, não tem cor, sabor nem odor.
Contudo, a água do mar é salgada, a água do rio e dos lagos pode ser salobra, a
água dos charcos normalmente é turva e as águas termais são ricas em
determinados minerais e elementos químicos como o enxofre, por exemplo.
A água é a substância mais
abundante sobre a Terra pois ocupa 70% da sua superfície. Devido aos oceanos possuirem
uma extensão 2,5 vezes maior que a terra firme, e por serem habitáveis em todas
as profundidades, os oceanos constituem um espaço vital mais de 300 vezes maior
que o terrestre.
A água tem um calor específico
e calor latente de evaporação mais elevados que qualquer outra substância comum
e apresenta um ponto de congelamento relativamente elevado.
A água possui uma tensão
superficial maior que qualquer substância corrente, exceto o mercúrio.
• Distribuição
dos recursos hídricos em Portugal
o Inventariar
os recursos hídricos locais e sua disponibilidade.
De acordo com a tipologia da Diretiva Quadro da Água
(DQA), os recursos hídricos disponíveis no concelho de Serpa são os seguintes:
Grande rio do Sul
-> Guadiana
Rios do Sul de média -grande dimensão
-> Ribeira de Limas;
-> Ribeira do Enxoé;
-> Barranco das Amoreiras.
Rios do Sul de pequena
dimensão
-> Ribeira de Vale de Cervas;
-> Barranco das Amoreiras;
-> Barranco do Papasco;
-> Ribeira de Pias;
-> Barranco do Corte do Alho;
-> Barranco Grafanes;
-> Ribeira do Enxoé;
-> Barranco das Ferrarias;
-> Barranco da Retorta;
-> Barranco da Morgadinha;
-> Barranco da Laje;
-> Barranco do Franco;
-> Afluente da Ribeira do Vidigão (I);
-> Ribeira do Vidigão;
-> Afluente da Ribeira do Vidigão (II);
-> Barranco de Dona Maria;
-> Barranco do Pelingroso;
-> Barranco de São Marcos;
-> Barranco da Lapa Castelhana;
-> Barranco de Beiçudos;
-> Ribeira de Alfamar;
-> Afluente da Ribeira de Alfamar;
-> Ribeira de Limas;
-> Barranco de João Bilheiro;
-> Barranco de A-do-Pinto;
-> Barranco de Vale de Meritanças;
-> Barranco de Santa Iria;
-> Barranco da Furada.
Aquíferos:
-> Gabros de Beja;
-> Moura-Ficalho;
Albufeiras do sul:
-> Barragem da Amoreira;
-> Barragem de Brinches;
-> Barragem do Enxoé;
-> Barragem de Serpa;
-> Barragem da Laje ou Torre Velha;
-> Barragem do Facho I;
-> Barragem da Vareta ou Facho II;
-> Barragem de Pias (em construção)
Os
recursos hídricos superficiais indicados são utilizados essencialmente para a
rega. No entanto a albufeira do Enxoé é utilizada para o abastecimento das localidades
do concelho de Serpa e algumas localidades do concelho de Mértola da margem esquerda
do Rio Guadiana.
Documentos facultados pelo professor
o Explicar
variações existentes na distribuição dos recursos hídricos.
A disponibilização
dos recursos hídricos no nosso país está relacionada com a irregular
distribuição das zonas de maior precipitação que constituem zonas de relevo
montanhoso.
O
escoamento da precipitação contribui para o aumento dos caudais dos rios e dos aquíferos,
portanto é natural que as zonas áridas e com pouca vegetação tenham uma
disponibilidade de água muito inferior às das zonas montanhosas, pois têm reduzidos
níveis de precipitação (figuras 2 e 3).
Como o
território do norte e centro de Portugal é mais montanhoso, e o do sul é tendencialmente
plano e com vegetação mais reduzida, verifica-se uma assimetria norte-sul na
distribuição dos recursos hídricos em Portugal e uma assimetria oeste- este.
A variação
dos caudais dos rios luso-espanhóis tem influência do Plano Hidrológico
Espanhol, uma vez que ao prever a construção de barragens e transvases nesses
rios pode provocar uma diminuição radical dos caudais dos mesmos, afectando a
disponibilidade de água doce em Portugal e tendo inúmeras implicações
ambientais e económicas.
O Empreendimento
de Fins Múltiplos do Alqueva tem uma grande importância no desenvolvimento do
Alentejo, na medida em que constituiu a principal fonte de água numa área considerável.
Através da barragem do Alqueva, toda a zona que até à sua construção passava por
uma seca intensa nos últimos anos, poderá finalmente percorrer o caminho do
desenvolvimento. O aumento da disponibilidade de água traduz-se em benefícios
para as populações e para a agricultura, ou seja, maior irrigação dos solos e
melhores sistemas de rega que permitem o desenvolvimento de novos tipos de
agricultura, com a consequente criação de emprego e fixação das populações no
interior do país
A
construção de grandes barragens apresenta inúmeras vantagens, entre as quais o
aumento da disponibilidade dos recursos hídricos através de um aumento do
armazenamento de água e a possibilidade da sua utilização na produção de
energia. Porém, apresenta também alguns inconvenientes, nomeadamente para a
biodiversidade, na medida em que pode contribuir para a redução do número de
efectivos de várias espécies, ou mesmo levar à sua extinção, quer porque as barragens
constituem obstáculos às migrações e livre circulação dos organismos, quer
porque, contribuem para uma redução dos caudais dos rios, provocam uma descida
do nível das águas.
Figura 2- Mapa da Hipsometria de Portugal
Figura 3 - Mapa da Precipitação média Anual de Portugal