quinta-feira, 17 de março de 2016

M1 - RECURSOS HÍDRICOS

·        Molécula de água – suas propriedades

Na molécula da água (figura 1), o oxigénio estabelece duas ligações covalentes com dois átomos de hidrogénio e o equilíbrio de forças entre as diferentes orbitais de eletrões, determina uma disposição geometricamente assimétrica das ligações O-H, que formam entre si um ângulo de cerca de 104º.






Figura 1-Estrutura da molécula de água


A água, quando pura, é incolor, insípida e inodora, isto é, não tem cor, sabor nem odor. Contudo, a água do mar é salgada, a água do rio e dos lagos pode ser salobra, a água dos charcos normalmente é turva e as águas termais são ricas em determinados minerais e elementos químicos como o enxofre, por exemplo.

A água é a substância mais abundante sobre a Terra pois ocupa 70% da sua superfície. Devido aos oceanos possuirem uma extensão 2,5 vezes maior que a terra firme, e por serem habitáveis em todas as profundidades, os oceanos constituem um espaço vital mais de 300 vezes maior que o terrestre.
A água tem um calor específico e calor latente de evaporação mais elevados que qualquer outra substância comum e apresenta um ponto de congelamento relativamente elevado.
A água possui uma tensão superficial maior que qualquer substância corrente, exceto o mercúrio.


• Distribuição dos recursos hídricos em Portugal

o  Inventariar os recursos hídricos locais e sua disponibilidade.

De acordo com a tipologia da Diretiva Quadro da Água (DQA), os recursos hídricos disponíveis no concelho de Serpa são os seguintes: 

Grande rio do Sul
-> Guadiana

Rios do Sul de média -grande dimensão
-> Ribeira de Limas;
-> Ribeira do Enxoé;
-> Barranco das Amoreiras.


 Rios do Sul de pequena dimensão
-> Ribeira de Vale de Cervas;
-> Barranco das Amoreiras;
-> Barranco do Papasco;
-> Ribeira de Pias;
-> Barranco do Corte do Alho;
-> Barranco Grafanes;
-> Ribeira do Enxoé;
-> Barranco das Ferrarias;
-> Barranco da Retorta;
-> Barranco da Morgadinha;
-> Barranco da Laje;
-> Barranco do Franco;
-> Afluente da Ribeira do Vidigão (I);
-> Ribeira do Vidigão;
-> Afluente da Ribeira do Vidigão (II);
-> Barranco de Dona Maria;
-> Barranco do Pelingroso;
-> Barranco de São Marcos;
-> Barranco da Lapa Castelhana;
-> Barranco de Beiçudos;
-> Ribeira de Alfamar;
-> Afluente da Ribeira de Alfamar;
-> Ribeira de Limas;
-> Barranco de João Bilheiro;
-> Barranco de A-do-Pinto;
-> Barranco de Vale de Meritanças;
-> Barranco de Santa Iria;
-> Barranco da Furada.

Aquíferos:
-> Gabros de Beja;
-> Moura-Ficalho;

Albufeiras do sul:
-> Barragem da Amoreira;
-> Barragem de Brinches;
-> Barragem do Enxoé;
-> Barragem de Serpa;
-> Barragem da Laje ou Torre Velha;
-> Barragem do Facho I;
-> Barragem da Vareta ou Facho II;

-> Barragem de Pias (em construção)

Os recursos hídricos superficiais indicados são utilizados essencialmente para a rega. No entanto a albufeira do Enxoé é utilizada para o abastecimento das localidades do concelho de Serpa e algumas localidades do concelho de Mértola da margem esquerda do Rio Guadiana.

Documentos facultados pelo professor



o  Explicar variações existentes na distribuição dos recursos hídricos.

A disponibilização dos recursos hídricos no nosso país está relacionada com a irregular distribuição das zonas de maior precipitação que constituem zonas de relevo montanhoso.
O escoamento da precipitação contribui para o aumento dos caudais dos rios e dos aquíferos, portanto é natural que as zonas áridas e com pouca vegetação tenham uma disponibilidade de água muito inferior às das zonas montanhosas, pois têm reduzidos níveis de precipitação (figuras 2 e 3).
Como o território do norte e centro de Portugal é mais montanhoso, e o do sul é tendencialmente plano e com vegetação mais reduzida, verifica-se uma assimetria norte-sul na distribuição dos recursos hídricos em Portugal e uma assimetria oeste- este.
A variação dos caudais dos rios luso-espanhóis tem influência do Plano Hidrológico Espanhol, uma vez que ao prever a construção de barragens e transvases nesses rios pode provocar uma diminuição radical dos caudais dos mesmos, afectando a disponibilidade de água doce em Portugal e tendo inúmeras implicações ambientais e económicas.
O Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva tem uma grande importância no desenvolvimento do Alentejo, na medida em que constituiu a principal fonte de água numa área considerável. Através da barragem do Alqueva, toda a zona que até à sua construção passava por uma seca intensa nos últimos anos, poderá finalmente percorrer o caminho do desenvolvimento. O aumento da disponibilidade de água traduz-se em benefícios para as populações e para a agricultura, ou seja, maior irrigação dos solos e melhores sistemas de rega que permitem o desenvolvimento de novos tipos de agricultura, com a consequente criação de emprego e fixação das populações no interior do país
A construção de grandes barragens apresenta inúmeras vantagens, entre as quais o aumento da disponibilidade dos recursos hídricos através de um aumento do armazenamento de água e a possibilidade da sua utilização na produção de energia. Porém, apresenta também alguns inconvenientes, nomeadamente para a biodiversidade, na medida em que pode contribuir para a redução do número de efectivos de várias espécies, ou mesmo levar à sua extinção, quer porque as barragens constituem obstáculos às migrações e livre circulação dos organismos, quer porque, contribuem para uma redução dos caudais dos rios, provocam uma descida do nível das águas.




Figura 2- Mapa da Hipsometria de Portugal

Figura 3 - Mapa da Precipitação média Anual de Portugal


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