sexta-feira, 11 de março de 2016

Atividade desenvolvida


No dia 15-02-2016, juntamente com o Sr. José Guerreiro, da Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, fomos à Barragem do Facho II, tradicionalmente conhecida por Barragem da Vareta, com o objetivo de recolher amostras de água para posterior análise dos principais parâmetros físico-químicos.
Em condições normais a amostragem de água deveria ser feita com recurso a um barco no meio da massa de água. Para a recolha das amostras utiliza-se uma garrafa de Van Dorn vertical que permite recolher amostras estratificadas, ou seja, permite obter amostras de águas a diferentes profundidades. A garrafa possui uma corda graduada que permite medir a profundidade e em cada extremidade da garrafa encontra-se uma tampa. As tampas são abertas antes de se colocar a garrafa na água, e uma vez atingida a profundidade desejada, é largado um mensageiro que as fecha.
Como não tivemos acesso a barco, a amostragem foi efetuada na margem da albufeira através da utilização de um copo telescópico.
Este possui um cabo flexível para se poder recolher água o mais longe possível da margem.
A água amostrada foi distribuída por vários frascos, de acordo com as análises a realizar: a carência química de oxigénio (CQO), o oxigénio dissolvido, o cloro, os sólidos suspensos totais (SST) e a carência bioquímica de oxigénio (CBO), onde se juntou 8 gotas de ácido sulfúrico (H2S04).

A transparência da água e consequentemente a penetração da luz é medida, utilizando o disco de Secchi. Como o próprio nome indica, este dispositivo, consiste num disco com 20 cm de diâmetro dividido em quadrantes brancos que se encontra preso a uma corda marcada de metro a metro. O disco de Secchi é descido ao longo da coluna de água para determinar a que profundidade é que o disco deixa de ser visível. Quanto maior for a transparência da água, maior é a profundidade a que o disco deixa de ser visível. Assim, é possível afirmar que há uma relação inversa entre a transparência e a turbidez da água.                    



Resultados da atividade:





Parâmetros
Resultados
Oxigénio Dissolvido (mg/l)
10,2
Taxa de Saturação (%)
97,9
CBO5 (mg/l)
<5
 pH (Escala Sorensen)
7,8
NH4(mg/l)
0,123
NO3 (mg/l)
<2,0
Ptotal (P2O5 mg/l)
0,09
Cloro Residual (mg/l)
0,075
CQO (mg/l)
22
SST (mg/l)
16

Tabela 2- Resultados das análises dos parâmetros físico-químicos



A análise dos valores laboratoriais dos parâmetros físico-químicos obtidos demonstra valores maioritariamente elevados comparativamente aos valores de referência característicos do Máximo Potencial Ecológico do tipo Albufeiras do Sul.

Há exceção dos valores de CBO5 e o NO3 que não são concretos, daí não se poder tirar quaisquer conclusões e o do  pH que corresponde aos valores de referência.

 Os altos valores de Azoto Amoniacal, Nitrato e Fósforo podem dever-se ao uso de adubos químicos no solo que contaminam a água da barragem da vareta  devido ás escorrências.

Os valores maioritariamente elevados podem ter a ver também com o facto de só ter sido recolhida uma amostra, o que é pouco para os dados estatísticos, por isso, os valores podem não estar muito de acordo com a realidade.

A recolha da amostra foi feita na margem da barragem o que pode variar um pouco os valores, pois as amostras deviam ter sido feitas no centro da barragem mas devido á falta de equipamento não foi possível e pode então ter comprometido também os valores.

A altura do ano em que a amostra foi recolhida pode ter alterado de alguma forma os valores, pois no inverno há mais água o que faz com que haja uma maior diluição e os valores sejam mais baixos, ou no verão onde a quantidade de água é reduzida e as substâncias estão mais concentradas.

Ou pode ter mesmo a ver com a calibração do equipamento utilizado.

















Fig.12 - Amostras de água recolhidas

Fig.13 - Medição do pH

Fig.14 - Barragem da Vareta
                                                            

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